A reunião do presidente Lula com o presidente dos Estados Unidos Donald Trump neste domingo foi um avanço concreto na tentativa de suspensão do tarifáço. A avaliação é da Confederação Nacional da Indústria. Segundo o presidente da CNI, Ricardo Albuquerque, esse foi um passo importante para a retomada das negociações em busca da previsibilidade e competitividade às exportações brasileiras.
MDIC participa de negociação
O presidente da Câmara, Hugo Motta, disse pelas redes sociais que o diálogo ia diplomacia voltaram a ocupar o centro das relações entre os dois países e que a Câmara está à disposição da diplomacia brasileira. As negociações vão começar rapidamente, segundo o governo do Brasil e serão conduzidas pelo chanceler Mauro Vieira e pelo secretário executivo do MIDIC, o Ministério do Desenvolvimento e Indústria e Comércio, Márcio Fernando Elias Rosa.
Representantes dos EUA
Pelo lado norte-americano, as conversas serão conduzidas pelo secretário de Estado, Marco Rubio, e pelo secretário do tesouro Scott Bessent. Mais cedo, após o encontro Lula Trump, Mauro Vieira comentou:
"A conclusão final é de que a reunião foi muito positiva e nós esperamos, em pouco tempo agora, em algumas semanas, concluir uma negociação bilateral que que que trate de cada um dos setores da da atual tributação americana ou brasileira."
O secretário executivo do MIDIC Márcio Rosa classificou a reunião como ótima. e acrescentou:
"O presidente Lula solicitou que as negociações prosseguissem ainda hoje, de maneira imediata e o presidente Trump então orientou a sua equipe a se reunir conosco ainda hoje à noite para que nós possamos até final da noite chegarmos a algumas conclusões."
O encontro ocorreu após a reunião da Asean, que é a cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático, evento que ocorre em Kuala Lumpur na Malásia. O assunto foi a suspensão do tarifaço norte-americano a produtos brasileiros em vigor desde agosto.
Lula também reclamou das sanções impostas pelos Estados Unidos a autoridades brasileiras com base na lei Magnitsky. Quando perguntado se o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha sido o tema da agenda, Trump respondeu: "não é da sua conta".
Fonte: Radioagência Nacional